Molluscum contagiosum...

... o Rúben tem umas borbulhinhas na barriga (que agora também já passaram para as pernas e para as costas) que a pediatra diagnosticou, já o ano passado, como sendo Molluscum contagiosum. Na altura prescreveu um medicamento de aplicação local, para queimar a borbulhinha/verruga que ele tinha. Acontece que quando a bolhinha rebentou, devido ao tratamento, fez com que aparecem-se ainda mais borbulhinhas.
Como o tratamento não estava a ter grande resultado, fui com ele ao dermatologista, que disse que a única coisa a fazer, nesta idade, era colocar o tal medicamento e esperar que o organismo ganhasse resistências ao vírus. Prescreveu outro medicamento idêntico, que nós temos vindo a colocar, quase todos os dias, mas que também não está a ter grandes resultados...
Nunca me procupei, nem me chateie muito com aquilo: a pediatra e o dermatologista não se mostraram nada preocupados e disseram que era uma infeção habitual para a idade, li na net sobre o assunto e fiquei descansada: a fazer o tratamento e à espera que aquilo passasse por si...

Na semana passada, a Tânia (educadora do Rúben) ligou-me para falar sobre o assunto. Pelos vistos há coleguinhas do Rúben que também ficaram infetados e os pais estão a fazer grande pressão sobre a escola para resolver o problema. Contei-lhe toda a história de consultas e de tratamentos que o Rúben já fez e comprometi-me a levá-lo, o mais breve possível, a mais uma consulta de dermatologia com um dos dermatolgistas que ela me recomendou.
Hoje ligou-me novamente, para saber se tinha conseguido uma consulta, se não conseguia para mais cedo, porque a escola (por pressão dos pais) estava a pedir para os meninos, que ainda têm o problema, ficarem em casa. Foi um murro no estômago! Disse-lhe que ia ligar à pediatra para me informar e que depois lhe ligava de volta. acrescentei logo que estava chateada e muito triste com a escola, porque o Rúben tinha apanhado a infeção lá o ano passado (os primeiros meninos com o problema foram da sala do Rafael) e que nós nunca tinhamos tido uma atitude tão inflexível como aquela que estão a ter agora.

A Dr.ª Marisol Anselmo (pediatra dos Piratas) diz que a escola tem o direito de pedir para os meninos ficarem em casa, porque efetivamente é contagioso e facilmente pode-se alastrar a outros coleguinhas. Recomendou-me um dermatologista e disse-me que muito provavelmente o Rúben terá que remover todas as bolhinhas com micro-cirurgias e anestesia local. Foi aí que as lágrimas me vieram aos olhos: ele neste momento tem dezenas, só de pensar que vão ter que as remover todas... dói-me a alma!

Falei outra vez com a Tânia e não sei se fiquei com mais pena dela ou de mim ou do Rúben... Choramos as duas ao telefone, porque ela começou por dizer que tudo isto a deixava muito triste, até porque está a chegar o Carnaval e não queria que o Rúben fosse penalizado perdendo essa festa, mas que há pais que estão a fazer muita pressão e que a Escola está entre a espada e a parede.
Estivemos a conversar mais um bocado, fiz questão de lhe transmitir que não estou chateada com ela, de todo, mas que vou defender o Rúben e que vou fazer tudo para que ele possa tratar esta infeção, com calma, sem pressas e com o menos dor possível.

Concordo que a Escola tem o direito de pedir para o Rúben ficar em casa, mas também sou da opinião que, se até agora não ligaram ao problema e não fizeram nada, também não devem pedir aos pais que o resolvam de um dia para o outro, obrigando as crianças a ficar em casa e sujeitando-as a tratamentos à pressa... Logo, quando os for buscar, vou ter certamente uma longa conversa com a educadora e as proprietárias da Estação dos Pequeninos...

Tudo isto deixou-me de rastos... demasiada emoção para uma sexta-feira de manhã, já de si cheia de trabalho (que foi todo por água abaixo).
Tenho queme focar nos pontos positivos de toda esta situação:
- após muita procura, em diversas clínicas e hospitais privados, consegui uma consulta, na próxima 2ª feira de manhã, com o dermatologista recomendado pela pediatra;
- os meus pais chegam hoje à noite e, assim, o Rúben pode ficar por casa uns dias, pelo menos até esta situação toda acalmar;
- é desta que vamos resolver a situação do Molluscum contagiosum de uma vez por todas...