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30/05/2014

Ser feliz...

... cruzei-me na FNAC com este livro (agora passo mais tempo na secção infanto-juvenil... não sei porquê?!) e tive uma epifania. :)
O livro é simples, não diz nada de especial, mas fez-me sentir feliz...
"O que é a felicidade?", pergunta o Cão ao Grande Bode... e este conta-lhe a história da ovelha Selma... que é feliz com as atividades do seu dia-a-dia: ensina os filhos a falar (Béééé´...), faz atividades radicais (envolve correr e um lobo.. lol), come erva fresquinha, conversa com a vizinha e depois dorme uma bela soneca...
"Então e se tivesse mais tempo?", perguntam à ovelha Selma... falava um pouco mais com os filhos, corria ainda mais, comia uma erva bem fresquinha, prolongava a conversa com a vizinha e dormia uma grande soneca...
"E se lhe saísse o Euromilhões?"... bem, então aí...: ensinava os filhos a falar, fazia atividades radicais, comia uma erva fresquinha, conversava com a vizinha e depois dormia uma bela soneca... 

Quero ter isto sempre presente... :)

04/10/2013

Tenho de deixar a TV...

... que, no geral, só passa programas de porcaria e que, infelizmente, se estão a tornar nos meus "guilty pleasures".
Ao final do dia... depois de deitar os piurros e de arrumar a cozinha, por roupa a lavar e preparar os sacos para o dia seguinte... atiro-me para cima do sofá e fico lá, esparramada, a ver um programa qualquer, sempre de qualidade e interesse duvidosos.
Estou a estupidificar!
Tenho de acabar com isto!
Decidi que, a partir da próxima 2ª feira (todas as decisões começam à 2ª), vou ocupar esse tempo, esparramada no sofá (na mesma), a ler um livro e a ouvir música...
A decisão até tem um mote: "Um livro por mês, dá alegria e sensatez!"
:-)

18/11/2010

Finalmente ganhei um concurso...

... não é que eu concorra muitas vezes, mas nunca tinha ganhado nada.
Na terça-feira passada participei duas vezes no concurso da TSF de comemoração dos 88 anos do nascimento de Saramago e ganhei a obra completa deste grande escritor. (Yuppiiii....)
Vou ter que arranjar espaço nas prateleiras para 20 livros ou mais... que chatice! :-)

29/05/2009

Gosto cada vez mais de Saramago...

"Pense-se só naquele milhão de espécies de insectos de que falava o manual de entomologia elementar, imagine-se, se tal é possível, o número de indivíduos existentes em cada uma, e digam-me cá se não se encontrariam mais bichinhos desses na terra que de estrelas tem o céu, ou o espaço sideral, se preferirmos dar um nome poético à convulsa realidade do universo em que somos um fiozinho de merda a ponto de se dissolver."

25/05/2009

Férias - dia # 10

Mais um dia por casa... net, mais net e mais net... :-)

Amanhã também devo ficar pelas Aves. Vou ver se aproveito para acabar de ler "As Intermitências da Morte".

20/10/2008

Fim-de-semana...

Sábado: ginásio e 1 hora de massagem relaxante... tenho que começar a fazer massagens uma vez por mês, no mínimo! Sabe tão bem, são uns €€€ tão bem gastos. Neste caso ainda faz parte do presente de aniversário do meu R. e ainda me falta gozar mais uma. :-)
De tarde ficamos por casa a ver 2 comédias: What happens in Vegas e You don't mess with the Zohan (bem parvo!)...

Domingo: de manhã estive a organizar as minhas receitas e finalmente coloquei por ordem cronológica as receitas do Pingo Doce que coleccionei entre 1996 e 2000... é verdade, são receitas com mais de 10 anos! Estou a ficar velha e caquética... :-)
Almoçámos no Algarve Shopping e fomos dar um passeio: Guia -> Albufeira ->Vale Carro -> Paderne -> Tunes... :-)
À noite vi mais um episódio de Jerico (... miga, já estou quase a acabar esta série!) e depois assistimos ao Zé Carlos...

Nos entretantos, tive tempo para acabar o livro de Luís Sepúlveda (que por acaso já tinha lido.....) e de começar a ler o livro de Pepetela que os meus colegas de trabalho me ofereceram pelo aniversário.

O "Patagónia Expresso" é um livro que recomendo... Faz-nos lembrar que uma vida fica completa e bem preenchida quando damos valor aos momentos mais simples e os partilhamos com as pessoas que nos rodeiam.
Homenagem a um comboio que já não existe, mas que continua a viajar na memória dos homens e das mulheres da Patagónia...
Desde os seus primeiros passos na militância política, que o levaram à prisão e depois ao exílio em diferentes países da América do Sul, até ao reencontro feliz, anos depois, com a Patagónia e a Terra do Fogo, é uma longa viagem (e uma longa memória) aquela que Luis Sepúlveda nos propõe neste seu novo livro.
Ao longo dele, confrontamo-nos com uma extensa galeria de personagens inesquecíveis e com um conjunto de histórias magníficas, daquelas que só um grande escritor é capaz de arrancar dos labirintos da vida.

23/09/2008

"Memória das minhas putas tristes", Gabriel Garcia Marquez

Como nunca tenho tempo para fazer aqui uma pequena reflexão pessoal sobre os livros que leio e como mais tarde me esqueço do essencial da história que li, vou começar a (pelo menos) transcrever as reflexões ou as sinopses de outros sites/blogs. Pretendo pesquisar alguns blogs em busca de uma opinião que se aproxime da minha e só se não encontrar nenhuma que me agrade plagio a sinopse do site da editora do respectivo livro. :-)

Inicío este "Tempo a ler" com o Memória das minhas putas tristes, de Gabriel Garcia Marquez, escrito em 2004 e editado em Portugal em 2005, e que terminei de ler há menos de uma semana. :-)

Era uma vez um velho jornalista que, por ocasião dos seus 90 anos, pretende comemorar essa efeméride indo para a cama com uma virgem. Homem vivido, teve até aos 40 anos tantas mulheres que lhe perdeu a conta na 5ª centena, mulheres a quem sempre pagou para ter sexo. Este homem pretende provar a si mesmo que, mesmo com esta idade, ainda está aí para as curvas, embora o seu aspecto não engane a idade que tem. Contactando uma velha amiga dona de um bordel que ele muito frequentou, solicita uma virgem para essa noite de modo a satisfazer esse capricho. Curiosa a resposta dela: ”ai, meu sábio triste, desapareces vinte anos e só voltas para pedir impossíveis.” (a veia irónica de Marquez). No entanto, essa velha amiga lá lhe consegue arranjar uma jovem de 14 anos, combinando a hora e o local por onde ele deveria entrar sem ser visto no bordel. Aí chegado, muito nervoso, depara-se com uma criança nua a dormir. Deita-se, também nu, junto da rapariga e acaba por adormecer. A partir dessa noite uma estranha relação se inicia entre o personagem narrador e essa menina a quem ele chama de Delgadinha, pois os encontros sucedem-se, mas nunca acontece nada. Ela está sempre a dormir e ele limita-se a acariciá-la e a adormecer ao pé dela. No entanto, este estranho cenário tem o condão de fazer crescer nele afecto. Afecto que ele nunca sentiu por nenhuma mulher, com as quais limitava-se sempre a manter encontros sexuais. Neste caso, e já com 90 anos, acaba por descobrir o amor. Penso que Garcia Marquez tenta abordar duas questões: a sensibilidade e a sexualidade na velhice e... uma outra perspectiva sobre a sexualidade na infância, ou se quisermos, uma perspectiva sobre o amadurecimento humano, até aonde vai a criança e onde começa o adulto. ... Assim, que sentido faz os dois principais personagens terem 90 anos e 14? Saliento que para além nunca haver nada entre eles, Delgadinha encontra-se sempre em estado adormecido e ele apenas a afaga. No entanto e perto do fim, é claro que o amor é reciproco.
Voltando à sexualidade na velhice: o homem tem 90 anos, mas sente-se jovem por dentro. Aparentemente, e ele nunca é claro nesse sentido, o instrumento ainda funciona e mais, acaba de descobrir o amor. Sei que o livro foi e será polémico e propício a várias interpretações. No entanto Marquez descreve algo que é muito normal em todo o mundo: desde sempre que os homens vão às “putas”, simplesmente para ter sexo, há mesmo homens que a única forma de terem sexo é recorrer a essas mulheres. A relação com a menina de 14 é que me deixou pensativo sobre a intenção de Marquez, qual o objectivo dele? É um conto bonito sobre o amor e a alegria de viver. O narrador, sábio pela experiência de vida, desfila recordações da sua vida em diversas idades, tudo servindo para abarcar a possível evolução da sociedade corroída por preconceitos e vícios antigos. No entanto, e é precisamente através dessas lembranças que o narrador se apercebe, que, embora conheça muito do mundo e das mulheres, jamais conheceu o amor. ...

Até àquele dia! O dia do seu nonagésimo aniversário! :-)