26/03/2009

Bhopal... sabem o que foi?

Não sei por que razão me lembrei deste nome ontem...
Foi um nome que me marcou, provavelmente. A 1ª vez que ouvi falar em Bhopal andava na faculdade (1993 - 1998) e os acontecimentos já tinham cerca de 10 anos.
Achei impressionante nunca ter ouvido falar do acidente antes, tendo em conta a sua dimensão e gravidade, mas também em 1984 tinha 9 anos e nessa altura (e nos anos seguintes) só me interessavam os meus problemas e os cantores famosos... Agradável inocência!

Se o nome não vos diz nada consultem o site.

23/03/2009

"A pedra no caminho"

Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares.
Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos.
Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.— Onde já se viu tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. — Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada? E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu "quépi" ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra. O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria: “Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos — disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.

William J. Bennett
O Livro das Virtudes II
Editora Nova Fronteira, 1996(adaptação)
.
Há certos projectos que devem ser divulgados, como este que promove o livre pensamento, através do desenvolvimento cultural e intelectual. Dêem um pulo ao blog. :-)

09/03/2009

E já agora...











... acham que estou parecida? Nã....

I'm a hero... pois, pois! :-)

O que é que achas da minha heroína, primocas?

06/03/2009

Lista do bébé (parte 2)

Ora... aqui fica uma listinha inicial para o quarto do Rafael...
Se quiserem oferecer uma das peças, avisem-me para colocá-las com a indicação de "Reservado" :-)
A. Trocador TROFAST, € 98,17 – 1 unidade
B. Conjunto de 4 gavetas azuis TROFAST, € 29,70 – 2 unidades
C. Porta azul TROFAST, € 12,39 – 2 unidades
D. Varão de armário branco TROFAST, € 1,48 – 1 unidade
E. Estrutura com fundo TROFAST, € 78,34 – 1 unidade
F. Arrumação de parede TROFAST, € 29,70 – 1 unidade
G. Conjunto de 2 prateleiras TROFAST, espessura 1,8 cm, € 12,39 – 1 unidade
H. Caixa de arrumação azul forte TROFAST, 20 x 30 x 10, € 0,99 – 4 unidades (1 RESERVADO) :-)
I. Conjunto de 2 calhas brancas TROFAST, € 1,97 – 4 unidades
J. Peluches da gama BARNSLIG – 4 diferentes

03/03/2009

Faro, Rua de Sto António, 01/03/2009


Citando o colega que me enviou esta foto:
"Ao que a crise obriga…"


Bípedes palmípedes

Não sei porquê mas lembrei-me hoje de uma história (ou será estória?) :-) que a minha mãe gosta muito.
Pesquisei na net e, pelos vistos, trata-se de uma lenda relativa ao famoso poeta Bocage.

Diz a lenda que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, deparou-se com um ladrão que tentava levar os seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
O ladrão, confuso, diz:
- Doutor, afinal levo ou deixo os patos?