Conversas (im)prováveis #21...

... este fim-de-semana, para além da habitual catequese e escuteiros, tivemos (só) 2 festas de aniversário e um convívio da catequese.

A festa de aniversário, no domingo, foi a do David que completou 5 anos. A festa foi em casa da família Garret, Vanessa, Alana e David, com uma grande mistura de nacionalidades (a grande maioria dos casais presentes eram multinacionais).
Foi uma tarde muito bem passada e muito bem "regada"... (Lol!)

A meio da festa, o Rafael aparece na sala onde eu e o Ricardo estávamos a "lagartar" (entrava um solzinho bom pela janela) a pedir ajuda para o Rúben, que tinha ficado preso num dos carros de brincar.

Quando lá cheguei, desatei logo a rir (e olhando para a foto, que foi tirada enquanto ele ainda não se tinha apercebido que estava preso, toda a gente consegue perceber por que é que tinha piada!).
Ele estava a chorar desesperado, porque não conseguia sair e porque se estavam a rir da situação dele:

Rúben (a chorar) - Au! Isto dói! Não consigo sair e estão todos a rir-se de mim.
Eu - Vá, calma. Como é que entraste?
Rúben -  Meti os pés, depois o corpo e encaixei a cabeça.
Eu - Pronto, agora temos que fazer ao contrário.

Abri a porta do carro e disse:
Eu - Agora tira a cabeça para fora, depois puxa-te para o exterior (inclinei o carro para ajudar)...

Ele arrastou-se pelo chão, desembaraçou os pés do carro e saiu.
Já de pé, agarra-se a mim numa choradeira sentida:
Eu - Vá, Rúben, acalma-te! Foi só do susto. Já passou.
Rúben - ... e estavam todos a rir-se de mim.
Eu - Não, Rúben, estavam a rir-se da situação, porque era realmente engraçada. Acalma-te um bocadinho e pensa: imagina que estavas a passar e vias o teu irmão preso no carrinho, na mesma situação em que tu estiveste até agora. Era engraçado, não era?
Rúben (fica com ar sério durante uns instantes e depois....) - Ahahahahah! :D

E pronto, lá continuou a brincar super divertido!

Ansiedade...

... mais uma vez o meu corpo deu sinal que está a aguentar mais do que queria: passei este fim-de-semana "agarrada" ao meu peito, com sensação de aperto e de coração a bater na garganta.
No sábado, deixei andar, porque autodiagnostiquei-me "stress" e "ansiedade" e pensei, que sendo fim-de-semana, a coisa passaria rapidamente.
No domingo de manhã acordei bastante melhor e julguei que tinha passado, mas não... domingo à noite voltou em força e tive necessidade de ir ao médico para ficar mais descansada. Fui às urgências do Hospital Lusíadas em Albufeira. Tinha a tensão alta, mas o electrocardiograma estava normal. A médica dignosticou a mesma coisa: ansiedade, stress... e prescreveu-me um sedativo (Sedoxil) que, disse ela, não dava sono.
Como na 2ª feira tivemos uma reunião "complicada" com a Administradora da empresa, comecei logo dia com "apertos" e "coração aos saltos". Decidi tomar o comprimido para ver se melhorava.
Ainda bem que só o tomei a meio da tarde, porque se não tinha adormecido no trabalho.
Saí cedo, fui buscar os miúdos e telefonei ao Ricardo para avisá-lo que ia directa para a cama. Adormeci antes dele chegar, por volta das 18:30, acordei para comer alguma coisa pelas 21:00, voltei para a cama e dormi até de manhã.
Hoje já não tomei o sedativo, fui à médica de família (de substituição - infelizmente o Dr. Calhau está de baixa há já bastante tempo) e ela prescreveu-me um calmante mais ligeiro e aconselhou-me a divertir-me.
É o que eu vou tentar fazer... Algum ME TIME!
Trabalho amanhã, mas vou tirar 2 dias de férias... a ver se isto acalma! :)

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Atualização:
Acabei por não tirar muito "me time", porque o Rafael ficou doente e acabei por ficar em casa para tomar conta dele... mas deu para dormir umas belas sonecas e ainda consegui fazer uma massagem relaxante na sexta-feira. Muito bom!
Agora é continuar com a atitude positiva e relaxante, dentro do possível, para ver se este coração se acalma.

Jacinta Ardern...

Mais um texto para o jornal Entre Margens:

Ouvi falar pela primeira vez da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinta Ardern, há cerca de 5 meses, quando se deslocou aos EUA para participar na 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas. O facto de ter sido a 2ª líder mundial a ter um filho enquanto em funções e a primeira a levar um bebé para o auditório da ONU chamou a atenção da imprensa internacional. Na altura, acompanhei a sua entrevista no programa "The Late Show with Stephen Colbert" e apreciei a sua atitude simpática, acessível e inteligente durante toda a conversa. 

Estes dias lembrei-me que também já a tinha visto num outro programa de comédia americano, "Last Week Tonight", numa rubrica sobre o facto de a Nova Zelândia não aparecer em muitos dos mapas-mundo, até mesmo em mapas expostos em aeroportos internacionais. Este lapso é frequente e já gerou reclamações por parte das entidades neozelandesas.

Por estes dias, pelas piores circunstâncias, a Nova Zelândia entrou no mapa e nas notícias de todo o Mundo, na sequência do atentado terrorista em Christchurch, em que um supremacista branco matou 50 pessoas em duas mesquitas. 

Esse homem, que filmou e transmitiu em direto todas as suas ações e que publicou um manifesto de extrema-direita, tinha como objetivo obter fama e visibilidade para os seus ideais racistas. Mas a Nova Zelândia, nomeadamente a sua primeira-ministra, Jacinda Ardern, recusou-lhe o protagonismo e optou por não mostrar a cara do terrorista durante as audiências em tribunal e nem sequer se referir ao atacante pelo nome próprio.

“Ele é um terrorista, um criminoso, um extremista, mas quando eu falar, ele não terá nome. E imploro-vos: falem dos nomes dos que perderam a vida, em vez do homem que as levou. Ele pode ter procurado notoriedade, mas nós, na Nova Zelândia, não lhe vamos dar nada, nem mesmo o nome”, disse Jacinda Ardern durante o seu primeiro discurso no Parlamento desde o atentado. Há quem não concorde com esta postura e que se considere no direito de ver e de saber tudo em relação a este tipo de tragédias. Eu sou da opinião que quem quer ver e saber mais, pode sempre pesquisar; não concordo que todos tenhamos que ser expostos, de uma forma tão gratuita e cada vez mais rotineira, à violência provocada por pessoas que só pretendem gerar o ódio, a divisão e o medo.

Nessa comunicação, que iniciou com a saudação árabe "As-Salaam-Alaikum", que significa "a paz esteja com vocês", Jacinda Ardern recusou-se em dividir o país em “nós” e “eles”, em destacar a comunidade muçulmana em relação às restantes comunidades: “Nós somos um, eles são nós”. 
Abordou ainda três pontos importantes: tolerância religiosa, redes sociais e restrições a armas. Neste último ponto, a Nova Zelândia tomou uma decisão que vai ao encontro da opinião de muitos especialistas: estes ataques não se evitam com mais armas espalhadas pela população, mas sim com leis mais restritivas de acesso às mesmas e, por essa razão, vai proibir a venda de armas semiautomáticas de estilo militar a partir de Abril.

A primeira-ministra neozelandesa destacou-se também na sua visita a Christchurch, logo no dia a seguir ao massacre, por ter usado um véu e por ter conversado longamente e abraçado quem estava a fazer o luto pelos seus familiares. Nós em Portugal estamos acostumados ao “estilo Marcelo”, mas este afeto a desconhecidos é mais estranho em países anglo-saxónicos. E, embora a utilização do véu tivesse sido criticada, muitos dos sobreviventes do ataque entrevistados consideraram essa ação como um sinal de respeito e de apoio.

O discurso pacifista, as ações humanas e o forte pulso de Jacinta Ardern têm sido elogiados por muitos que, como eu, vêm nela uma esperança, um foco de luz num Mundo obscurecido por líderes políticos populistas com ideais totalmente antípodas dos meus. Espero que a sua luz prevaleça.

Dia do pai...

... o 9º na vida do meu doce! :)
O pai Ricardo é, sem dúvida, um pai exemplar: um bom ouvinte, com bons conselhos (embora às vezes difiram ligeiramente dos meus... eheheh!), super amigo, sempre pronto para a brincadeira, paciente (bem mais do que eu!).
Vê-se bem que o Rafael e o Rúben são muito felizes e têm muito orgulho em tê-lo como pai (o Rafael continua a dizer que quer ser construtor quando for grande) e o Ricardo tem muito, muito orgulho em tê-los como filhos...
Os seus piolhitos!

Os nosso escuteiros...

... no final de Outubro do ano passado, o Rafael e o Rúben decidiram que queriam começar a frequentar os escuteiros. Alguém na catequese do Algoz convenceu-os a participar nas reuniões semanais e eles acabaram por se inscrever nos escuteiros do Algoz.
No entanto, a comunicação entre mim e os chefes não estava a ser muito eficaz e acabei por aceitar a sugestão do Ricardo para os transferir para o Agrupamento 1389 São José - Ferreiras.
Foram à primeira reunião no sábado passado e ficaram encantados, adoraram! Acho que agora sim, tenho possibilidade de dizer que vou ter 2 escuteiros lá em casa. :)

Tenho que me deixar disto...

... a festa de aniversário do Rúben, no sábado passado, foi um sucesso (pelo menos a acreditar pelos comentários que alguns pais me têm enviado... lol!), mas, ainda assim, tenho de me deixar disto! Este tipo de festas, em que somos nós que organizamos tudo, desde a comida, à decoração, em que somos ao mesmo tempo anfitriões, animadores (embora houvesse lá um profissional!), empregados de bar, babysitters, socorristas... não dá!
Houve um momento em que entrei em stress pré-pânico, estive a uns milímetros de me passar (se calhar até me passei um bocadinho... vá, vamos lá admitir!)... Por isso, para o próximo ano TEMOS que fazer diferente: ou tudo organizado pelo espaço que contratarmos, ou mudamos o modelo de festa para uma ida ao cinema, uma partida de bowling, uma ida aos karts... qualquer coisa com menos miúdos!
Tenho é que me lembrar, porque acho que já o ano passado disse isto.... LOL!
Ficam as fotos e os momentos divertidos... pelo menos na memória do Rafael e do Rúben! :)

E já lá vão 8 anos...

... que o Rúben nasceu, de surpresa, numa terça-feira de madrugada, dia de Carnaval e dia da Mulher.
Menino "doce com pimenta", feitio meigo e forte, desde cedo mostrou que sabe o que quer e que está disposto a dar luta.
Muito brincalhão e gozão, é um contador de histórias fantásticas e actor principal de muitas "peças de teatro" (Lol!) que me deixam muitas vezes com a pulga atrás da orelha ("Será que é mesmo assim?").
Tem um sorriso LINDO e uma gargalhada que enche os nossos corações.
Segue o mano Rafael para qualquer sítio, muitas vezes sem precisar de ser convencido a isso. Adora cantar e é um rouxinol: está constantemente a cantarolar qualquer coisa.

O nosso Rúben, há 8 anos a tornar as nossas vidas ainda mais coloridas e cheias de felicidade!
Parabéns, meu ursinho fofo! Que a vida te traga só boas surpresas!