Estamos alojados perto da Catedral de Granada e, para facilitar a logística do grupo (éramos oito), decidimos chamar dois táxis através de uma app espanhola para transporte local. Fui eu quem fez a marcação — com morada certa e tudo. Entrámos nos dois táxis, quatro em cada, e foi aí que começaram os primeiros sinais de que algo não estava bem.
No primeiro táxi, onde seguiam os Baroli, o condutor disse que a viagem terminava logo ali à frente, a cerca de 500 metros do local onde tinhamos entrado no táxi... mas levou-os até ao destino por apenas mais 2€ do que o preço marcado na APP.
O nosso táxi teve o mesmo comportamento, mas cobrou-nos 5,80€, e depois mais 15€ para, alegadamente, nos levar “até à Alhambra”. Sentimo-nos enganados, mas como estávamos em cima da hora, acabámos por aceitar para não perder o passeio.
Chegados “lá acima”, o motorista garantiu que estávamos no sitio certo... mas sem ver qualquer indicação de rua e não estando lá os Baroli, percebemos que algo não batia certo. Quando fui verificar no Google Maps, percebi que estávamos afinal no topo da colina da Alhambra… mas o endereço indicado na app (Passeio de La Sabica 32) aparecia na zona da Gran Vía, cá em baixo na cidade! Confusão total. Como não tinha sido eu a marcar a tour, qualquer opção fazia sentido... Devíamos ter ligado à Cátia, mas não o fizemos e, por isso, com o tempo a contar, começámos a descer a pé pelo caminho lateral da Alhambra, na esperança de ainda chegar a horas. Já tínhamos andado bastante quando o Ricardo, que entretanto conseguiu libertar-se do telefonema que estava a atender, ligou para a organização o Hélder. Foi aí que percebemos o erro: estávamos cada vez mais longe do verdadeiro ponto de encontro.
Aparentemente, o Google Maps identifica dois Paseos de La Sabica, 32 — um junto à Alhambra e outro na zona da Gran Vía. O autocarro que faz a ligação entre estes pontos é precisamente o número 32 (sim, 32... o mesmo número do ponto de encontro do tour!), o que ajuda a explicar a confusão gerada entre a localização e a numeração da rua.
Resultado? Chegámos tarde demais. O tour já ia a meio e acabámos por não conseguir participar. Decidimos apanhar o autocarro 32, nas calmas, e ficamos numa esplanada da Alhambra à espera que os Baroli terminassem a visita... 2 horas depois.
Fizemos depois uma pequena visita à Alhambra e aos jardins do Generalife. Não foi a manhã que tínhamos planeado, mas aproveitámos como pudemos.
Agora estamos por casa, a descansar um pouco antes do próximo capítulo desta viagem. Que sirva de lição: nem sempre confiar no GPS é boa ideia — e atenção redobrada aos nomes repetidos em cidades históricas como Granada!
